segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Que venha Paul!!

A especulação que, outrora, rondava o país, finalmente, passou de mero boato a negociações fechadas: sim, Paul virá ao Brasil!!

As datas dos shows serão:
 Dia 07 de novembro, em POA, no estádio do Inter, Beira-Rio
 Dias 21 e 22 de novembro, em São Paulo, no Morumbi (não está ainda 100% confirmado, mas quase tudo certo)

...e ainda tem mais na Argentina, dias 11 e 12 de novembro, no River Plate!

Para delírio dos beatlemaníacos, essa é uma oportunidade e tanto de ver (ou rever, por que essa é a terceira vez dele no Brasil) o beatle Paul McCartney, nosso querido Macca. Torna-se maior ainda ao ser início de período de férias. Nós, fãs, que nos cuidemos ao deixar tudo para depois: grandes são os riscos de esgotarem bem rapidamente os ingresos. Fica a dica.

Oficialização do show de Paul McCarney em POA






quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Brian Epstein em entrevista

Os Beatles não eram apenas quatro "rostinhos bonitinhos"; existiam muitas pessoas trabalhando por detrás deles. Uma delas foi Brian Epstein, que se impressionou após assistir a um concerto da banda no Cavern Club e propôs empresariar o iniciante grupo.

Achei interessante este vídeo de uma entrevista com Brian e com os Fab Four, na qual eles comentam como eram os Beatles antes de o empresário aparecer, pois ele sugeriu várias novas maneiras mais profissionais de se comportar em palco. Desse modo, o sucesso bateu-lhes às portas ainda mais intensamente.

 Brian empresariou os Beatles até 1967, quando morreu de overdose aos 32 anos, o que causou grande impacto no grupo e conflitos na hora de selecionar outro empresário.  


                        

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Eleanor Rigby: Imaginação ou realidade?

Eleanor Rigby, de fato, existiu?

Há diversas especulações sobre sua real existência.
Segundo Paul, o primeiro nome que surgiu para a música foi Miss Daisy Hawkins. Porém, buscando uma sonoridade mais natural, diz o ex-beatle que se inspirou no nome da atriz Eleanor Bron, que estrelou com Os Beatles no filme Help! (1965). O Rigby veio do nome de uma loja, Rigby & Evens Ltd.

Todos acreditavam na ficcionalidade da personagem até a década de 80, quando fora encontrado um túmulo de uma certa Eleanor Rigby no quintal da igreja St. Peter's Parish Church, local onde John e McCartney se conheceram, em 1957. A lápide revela que Eleanor Rigby nascera em 1895, em Liverpool, e morrera em outubro de 1939. McCartney, anos depois, declarou ter sido uma estranha coincidência entre a realidade e a letra. Disse também que o nome pode ter ficado no seu subconsciente até escrever a canção. Se o túmulo de Eleanor Rigby foi ou não inspiração para a letra da música, hoje ele é um marco para os beatlemaníacos que visitam Liverpool.


No ano de 1990, Paul doou alguns registros antigos de um hospital, datados de 1911, para um leilão de caridades. Foi verificada, então, a assinatura de uma tal "E. Rigby", registrada como copeira. Para alguns, o mistério acabou, sendo confirmada a existência de Eleanor Rigby. Contudo, Paul continuou alegando que Rigby é uma personagem fictícia. Em 2008, o registro foi previsto para ser arrematado por 500.000 libras para caridade. O cantor conseguiu anular o leilão a tempo, expondo, como sempre o fez, o argumento de a personagem nunca ter existido: "Eleanor Rigby é uma personagem totalmente fictícia que eu inventei. Se alguém quer gastar dinheiro comprando um documento para provar que uma personagem fictícia existiu, tudo bem".

A canção retrata a solidão, tendo como personagens Eleanor Rigby e padre Mackenzie. Ela trabalha na igreja e sonha em se casar, e ele vive escrevendo sermões que nunca ninguém escutará e costurando suas meias pela noite. Ambos convivem com a solidão. Eleanor morre na igreja e é enterrada somente com seu nome; niguém comparece a seu enterro. O padre caminha pela cova, limpando suas mãos. Ninguém nunca foi salvo por sua palavra. A música pode ser considerada um hino dos solitários.


Estátua de Eleanor Rigby em Liverpool. A placa diz “Dedicada a todas as pessoas solitárias

Coincidência ou não, há poucos metros do túmulo de Eleanor Rigby, encontra-se outro, com o nome 'Mackenzie' rabiscado. Até hoje, niguém sabe ao certo quem foi Eleanor, ou se ela realmente é fictícia. Sir Paul nega todas as evidências...


quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Being For The Benefit of Mr. Kite

Como uma forma de contrastar o conflito parental presente em She's Leaving Home, John selecionou uma música de aspecto circense, Being For The Benefit of Mr. Kite, para ficar na faixa imediatamente posterior, no mesmo álbum Sgt Pepper’s Lonely Hearts Club Band.
A ideia da música surgiu quando Os Beatles estavam gravando o clipe de Strawberry Fields Forever, em Seven Oasks, localizada em Kent, um condado inglês. John, ao caminhar pela cidade, entrou em um antiquário e de lá saiu com um velho pôster de circo emoldurado, datado de 1843, plena Era Vitoriana, anunciando o Pablo Franque's Circus Royal. Esse cartaz, depois de 124 anos, inspiraria Lennon, um dos nomes mais respeitados do rock mundial, a compor uma música.

O antigo pôster dizia que os Hendersons se apresentariam lá. Haveria argolas e cavalos, e alguém atravessaria um barril de fogo de verdade. Mr. Kite iria desafiar as leis da natureza. A banda começaria às dez para as seis daquele 14 de fevereiro de 1843. Tudo em Bishopsgate. A cidade pararia para ver o espetáculo. O que dizer dos meninos, que, fascinados, assistiam à apresentação quase sem piscar os brilhosos olhos? Tais eram os circos de antigamente. Para os amantes do cinema, não custa abrir um parênteses às lembranças que o contexto circense traz do grande cineasta Fellini, que era verdadeiramente apaixonado por circos, produzindo o filme Os Palhaços (1971), em que mostra um alter ego dele em um garoto que vai ao circo pela primeira vez.

John quis, então, representar na música essa atmosfera circense que remete aos antigos tempos, convocando o público ao circo, que era a grande atração da noite. Apresenta, conforme o cartaz comprado, todos os atrativos do espetáculo, mudando, porém, alguns fatos para facilitar a musicalidade.




terça-feira, 14 de setembro de 2010

Paul McCartney confirmado aqui... na América do Sul


Segundo o jornal argentino El Clarín, McCartney irá retornar, pela segunda vez, aos palcos argentinos. O show será dias 14 e 15 de novembro do corrente ano, em Buenos Aires. O local, entretanto, ainda não foi definido: Estádio do River ou do Vélez.
Há, para a felicidade dos beatlemaníacos brasileiros, especulações de shows do ex-beatle no Brasil no mesmo mês. Esperamos não passar de boatos, como assim o foi em abril deste ano, quando Paul viria ao Brasil e faria apresentações em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

domingo, 12 de setembro de 2010

Pensamentos

"Não é divertido ser artista. Beethoven, Van Gogh, todos eles: se tivessem psiquiatras, nós não teríamos esses gênios" 

                                                                                                                John Lennon

sábado, 11 de setembro de 2010

A história de Melanie Coe, a implícita inspiradora de She's Leaving Home

Em fevereiro de 1967, Paul McCartney, ao ler um jornal, viu a manchete de uma jovem de 17 anos fugitiva de casa, cujo pai se lamentava, afirmando não saber o motivo pelo qual a filha deixara a casa, visto que ela tinha tudo aquilo que queria lá. Nessa época, havia grande incidência de casos de fuga de jovens de casa; segundo o FBI foram registrados 90 mil fugitivos em 1967. Paul enxergou, então, um mote para uma música comovente, tendo apenas a matéria do jornal como base. Ele, porém, não fazia ideia de que já havia conhecido a tal jovem apenas cerca de três anos antes.
A jovem era Melanie Coe, que fugia de uma casa claustrofobicamente respeitável em busca de diversão e romance na agitada década de 60, o que ela, certamente, não tinha em casa. Incrivelmente, Paul acertou muito da vida de Melanie, errando apenas em meros detalhes, como ela ter fugido de casa pela tarde, enquanto seus pais estavam no trabalho, em vez de pela manhã, enquanto eles dormiam; e ela ter conhecido um rapaz em um cassino, em vez de ter sido no mercado de automóveis, como diz a música.
"O impressionante sobre a música era quanto ele acertou sobre minha vida", diz Melanie. "Falava dos pais dizendo 'we gave her everything money could buy', o que era verdade no meu caso. Eu tinha dois anéis de diamante, um casaco de pele, roupas de seda, cashmere feitas à mão e até um carro. Depois havia um verso que falava 'after living alone for so many years', o que realmente me tocou porque eu era filha única e sempre me senti sozinha. Nunca tive diálogo com nenhum dos meus pais. Era uma batalha constante. Eu saí porque não conseguia mais encontrá-los. Ouvi a música quando foi lançada e pensei que era sobre alguém como eu, mas nunca sonhei que na verdade fosse sobre mim. Eu me lembro de pensar que não tinha fugido com um homem do mercado de automóveis, então não podia ser eu! Eu devia estar na casa dos vinte quando minha mãe disse ter visto Paul na televisão, e ele tinha dito que a música era sobre uma matéria de jornal. Foi quando comecei a dizer aos meus amigos que era sobre mim."
Melanie aos 17 anos

O caso de Melanie é um típico caso no qual o adolescente foge em busca de uma liberdade que não encontra em casa. Segundo ela, seus pais só queriam saber de sucesso, dinheiro e respeitabilidade diante da sociedade. Sua mãe não era nada carinhosa, nem sequer beijava a menina.
"Quando eu saía, eu podia ser eu mesma. Aliás, nos clubes eu era encorajada a ser eu mesma e a me divertir. Dançar era minha paixão. Eu era louca pela música da época e mal podia esperar até que o próximo single saísse." Diz a jovem, que frequentava clubes sem o consentimento dos pais, os quais, muitas vezes, arrastavam-na de volta para casa.
Melanie se tornou uma dançarina regular do programa de televisão Ready Steady Go! aos treze anos. No final de 1963, ela ganhou um concurso de mímica nesse programa. Coincidentemente, era a primeira vez que os Beatles estavam no Ready Steady Go!, então ela recebeu o prêmio diretamente das mãos de Paul McCartney, três anos antes de ele compor a música que seria inspirada nela. "Passei o dia nos estúdios ensaiando, então estive perto dos Beatles a maior parte do tempo. Paul não estava a fim de muito papo, e John parecia distante, mas passei um tempo conversando com George e Ringo.", conta ela.
Melanie recebendo o prêmio do concurso de mímica de Paul no programa Ready Steady Go! em 1963

Após ter fugido de casa aos 17 anos, Melanie alugou um apartamento com seu namorado, David, e viveu o drama de ser encontrada a qualquer hora, pois sua foto estava estampada no jornal. Seus pais conseguiram achá-la depois de uns dez dias, pois ela havia deixado escapar onde o namorado trabalhava. Ligaram, então, para seu chefe, que, persuadido por eles, falou onde David morava.
Para fugir novamente dos pais, Melanie se casou aos 18 anos, mas o casamento não durou um ano, e, aos 21, ela se mudou para os EUA para tentar seguir a carreira de atriz. Hoje Melanie vive na Espanha com seu marido e dois filhos.
Melanie hoje
Quando Paul mostrou a canção para Lennon, este deu a ideia de o refrão ser cantado como um lamento parental. O coro da canção ("Sheee....is leavinnnn'....hoooome") contraposto ao refrão do lamento dos pais cantado por John - com duplicação de voz ("overdub") - cria um efeito musical mágico e impressionante. Para mim, é uma das mais belas canções dos Beatles.

Aqui está o vídeo da música no youtube:


Clique aqui para ver também a letra e a tradução da música She's Leaving home.